Obama reeleito nos Estados Unidos. Nada contra o Obama,
muito pelo contrário até. Há um quê de Lula nele, no que se refere a sua
empatia, que também parece agradar ao povo.
O que vale ressaltar, entretanto, é como os presidentes que
buscam a reeleição geralmente a conseguem. Já repararam?
Nos EUA, antes de Obama, o presidente anterior, George W. Bush,
também governou por dois mandatos (até ele!). Nossos vizinhos hermanos também reelegeram, no ano
passado, sua presidenta Cristina Kirschner. No Brasil, desde que a reeleição
foi autorizada pela Emenda Constitucional n.º 16, de 1997, os dois presidentes
eleitos foram reeleitos: Fernando Henrique Cardoso (1995-1998/1999-2002) e Lula
(2003-2006/2007-2010).
Vamos ao recente caso americano: durante a noticiada
catástrofe natural decorrente do furacão Sandy, Obama teve inúmeras
oportunidades e minutos gratuitos na mídia para se posicionar enquanto
presidente e, por sorte, enquanto candidato. Do outro lado, seu adversário,
Mitt Romney, coitado, mal conseguia aparecer, embora tenha promovido e
participado de algumas campanhas de doação de alimentos e roupas para os
desabrigados. O fato é que a desgraça ambiental certamente favoreceu, e muito, o
presidente Obama, que usufruiu licitamente de estar no governo para se promover.
Tudo isso parece ser um indicativo de que ter a máquina pública
a seu favor durante a campanha gera resultados positivos nas urnas, ao menos nas
últimas décadas.
E com as costumeiras reeleições, acaba que os mandatos
presidenciais, ao menos nos países aqui citados, estão se tornando de 8 anos, o
que definitivamente é tempo demais no poder. Quase uma década! Pelo menos no
que tange ao Brasil, talvez fosse melhor um mandato de 6 anos, sem reeleição. Um
tempo mais razoável (4 anos realmente pode ser pouco), mais equilibrado, nem
tanto céu, nem tanto ao mar...
Mas e aí, alguém dúvida da reeleição de Dilma em 2014?
Nenhuma. Vai levar se não no primeiro, leva no segundo.
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